A vida não é um esquisso

"Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É o que faz com que a vida pareça sempre um esquisso. Mas nem mesmo "esquisso" é a palavra certa, porque um esquisso é sempre um esboço de alguma coisa, a preparação de um quadro, enquanto o esquisso que a nossa vida é, não é esquisso de nada, é um esboço sem quadro."

(Milan Kundera, A insustentável leveza do ser)


Li algures que hoje é um dia extra. Só acontece de 4 em 4 anos e, por isso, devíamos aproveitá-lo ao máximo. E porque não pensar assim todos os dias? A vantagem de a vida ser apenas um esboço, é que estes contêm em si uma certa liberdade de falhar que as provas finais não possuem, e por isso podem ser vividos com maior despreocupação e de forma mais autêntica. Faz algum sentido?


Ultimamente, gostei destes posts:
- este da gwyn-michael, sobre a redefinição do que é importante quando confrontados com a morte.
- este do Leo Babauta, sobre o poder de decidir, ao fazer uma pausa.
- este da Rita, sobre o seu estilo de vida, com o qual partilho muita coisa.